segunda-feira, 18 de julho de 2016

Sugestão de Aplicativo

Saudações musicais!

O Songify é um aplicativo muito interessante que transforma o que você fala em uma música! Instalei por curiosidade e acredito que muitos de vocês vão adorar. Tem várias batidas diferentes para que você possa criar sua obra de arte musical. Sem dúvida muito divertido.

Cliquem na imagem para acessar o aplicativo.

Cliquem na imagem para ouvir minha canção =D

domingo, 17 de julho de 2016

Interclasse de Silêncio

Saudações silenciosas.

Eis o resultado do Interclasse de Silêncio do Segundo Bimestre.

Lembrando que no fim do ano teremos a soma total dos tempos, que sagrará a sala campeã!!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Divulgando arte!

Saudações!

A Nathalia é uma grande amiga minha e que tem pinturas excelentes ligadas a cultura Pop. Já expôs aqui em Arujá inclusive. São obras cheias de personalidade e parte de seu acervo está à venda. Se interessar por algum dos seus trabalhos ou quiser encomendar algo, clique em uma das imagens abaixo que será encaminhado para o Facebook dela. Eu mesmo tenho um desenho que ela me fez para uma de minhas campanhas de RPG.








Ela também faz canecas personalizadas muito legais. Tem à venda e ela aceita encomendas =D

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. Capítulo 4: Luta ou dança?



PROLOGO: Conversa de Estalagem
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!
CAPÍTULO 3: A partida do Porto!

CAPÍTULO 4: Luta ou dança?

Os dias seguintes trouxeram consigo muito trabalho para a tripulação do Avante: O manejo da embarcação, como atestaram os heróis, era mais complexo do que parecia. A cada momento, o Capitão Harub pedia a um marujo soltar uma corda ou soltar uma vela. Enquanto faziam suas tarefas, os marujos cantarolavam poemas sobre o mar, saudade e tesouros.

Para Renk, era o momento de fazer o reconhecimento de sua “tropa”: Conhecia bem Smash desde sua juventude, mas Karin e Luna eram pontos de interrogação. A Shinigami fora indicada pelos amigos de seu pai e Luna era uma sacerdotisa sem experiência em aventuras. Saber os limites de cada uma era essencial para traçar estratégias. Então o meio-elfo começou as aproximações.

Renk e Karin estavam encostados na amurada, observando o mar.

- Karin... como é do outro lado? O que acontece depois da Morte? – Pergunta o meio-elfo, sem tirar os olhos do mar.

A Shinigami se surpreendeu com a súbita indagação do guerreiro. Mas Karin compreendera a intenção de Renk em conhecer mais sobre ela do que sobre os mistérios do mundo. Uma atitude digna de um líder de equipe. Assim, falou o que sentia:

-A morte, Renk-san, é algo pelo qual não devemos ter medo nem anseios.  Devemos apenas aproveitar o tempo que é nos dado de vida da melhor forma possível, pois um dia , assim sem avisar, ela chega para todos. O outro lado pertence apenas para quem já cruzou a ponte entre os dois mundos.

-Então, não temos como saber com certeza, não é? – Renk sorri enquanto olha o mar infindável.

-Não, Renk-san. Nem nós Shinigamis temos controle sobre o destino da almas. Nós apenas os guiamos pelas pontes. Obviamente – A shinigami toca em sua espada – alguns oferecem mais resistência em abandonar o mundo material que outros.

-Se depender de mim, você terá emprego por muitos anos nesse mundo, Shinigami. – Renk sorri novamente. Agora tinha uma noção melhor do motivo de Karin ser chamada para essa equipe. Era uma especialista em vida espiritual e observava o mundo por uma perspectiva afastada, diferente.
Alguém que vê onde os outros não conseguem ver.

-SENHORITA KARIN! PODERIA SUBIR NA VELA MESTRA E PUXAR AQUELES CORDAMES??? – Capitão Harub também percebeu as habilidades do bando logo.

-SIM!  Com licença, Renk-san. – Karin fez uma reverência rápida para o meio-elfo e subiu o mastro em uma sequencia de saltos. Renk se virou e desceu as escadas do deck superior, em direção ao convés principal.

Já conhecia Smash a tempo o suficiente para lutar com plenas forças ao seu lado. Agora era hora de entender melhor como funcionava a cabeça da sacerdotisa Luna.
No convés, Luna dançava cercada de marujos. Smash batucava um barril enquanto a sacerdotisa rodopiava e cantava.

 -Estamos com sorte de nenhum barco hostil ter se aproximado, assim podemos perder tempo com um pouco de dança e música... – Renk comenta em tom frívolo.

-Relaxa cara. Um pouco de cantoria não vai atrair um dragão! – Smash rebate.

 - Essa história de contar com a sorte não é muito o meu jeito de resolver as coisas – Luna rodopia em direção a Renk - mas já que não podemos prever o futuro,  poderíamos celebrar a vida, não é?

Luna para bem na frente de Renk, os rostos próximos.

Renk conhecia a ladainha dos pacifistas. Sempre empurrando a responsabilidade da luta para outros, ou a chamando a luta de algo “errado”. Para isso tinha resposta fácil.

-Cara clériga da vida,  não se pode realmente prever o futuro,  mas as batalhas diárias nos guiarão até ele. Sejam os guerreiros contra seus inimigos, sejam os camponeses que lutam para tirar seu sustento da terra... lutar é viver.

Luna dá mais um giro, se afastando do meio-elfo. Sua postura muda também.

-Desde que não forcem a morte Renk a luta é bem vinda.... vamos treinar? – Luna fica em uma posição de combate, com os braços levantados e pernas flexionadas – Já que, pelo visto, música vc não toca.

Os marujos ficam atiçados com a cena, outros se aproximam curiosos.

-“Um treino marcial, não é? Bom momento para testar a capacidade defensiva dessa moça” – Renk se aproxima de um marujo e tira de sua mão um bastão.

- Não procuro a morte. Nem a temo. Meu temor é partir desta vida definhando em uma cama em algum templo de Lena ou Marah. Eu vivo pela espada. E pela espada morrei. No meu caso, a morte é só uma passagem para os campos de batalha eternos do além vida.
Renk segurou o bastão como se fosse uma espada, apontando-a para Karin. Em seu rosto, um sorriso sincero.

- Mas se quer dançar, que seja dessa forma. Não quero ferir um companheiro de viagem antes da batalha real.

 - Opa! Quem quiser apostar, cola aqui comigo que não tem erro! – Smash pega um chapéu de palha de um dos marujos e começa a passa-lo.

- Ah Smash, sem isso por favor. Eu... – O comentário de Luna é interrompido pelo súbito avanço de Renk.

-Não perca o foco! Seu  oponente está na sua frente! – Renk faz um movimento lento e longo, visando o braço esquerdo da sacerdotisa.

Luna tira o corpo do rumo da arma e gira novamente, saindo do alcance do meio-elfo.

-“Rodopios, esquivas...se fosse para valer, tinha-lhe quebrado o braço.” – Renk analisa.

-Impossível você me acertar. – Luna sorria enquanto balançava de um lado para outro – Meu gingado está em um equilíbrio perfeito. Tenho mais treino nesta dança que você!

- Não mesmo minha cara! – Renk avança novamente, com a espada junto ao corpo. Dessa vez o golpe foi reto, visando o pescoço.

Luna girou para a esquerda, se aproximando da murada da embarcação. Quando terminou o giro, a espada ainda estava próxima demais!

- “Rápido demais!!” – Luna conclui no momento que sente o bastão encostar de leve em seu braço.

- Você pode ser ótima em dançar e se esquivar... mas uma luta não pode ser vencida se você somente se defender! – Renk se afasta para dar espaço para a colega. Afinal, aquilo também serviria de treino para Luna.

 - Se não percebeu que estou lutando para valer – a postura de Luna mudou novamente, agora com os braços para baixo – você foi iludido, minha dança o confunde.
Luna avança sobre Renk velozmente. O meio elfo antecipa o movimento e arma a defesa.

-“Chute direto, de cima para baixo. Bem efetivo e eficaz....”- Para a surpresa de Renk, o chute errou.
Acertou logo a frente dele.

E um soco direto acerta o pescoço do meio-elfo.

-Bem no gogó!!! – Smash comemora, enquanto alguns marujos lhe entregam dinheiro.

-Eu luto para preservar a vida. – Luna se encosta no mastro da embarcação – Não preciso derramar uma gota de sangue.... paramos por hoje?

Em um instante, Renk  vence a distancia entre ele e Luna e golpeia com a mão nua o mastro do
Avante com uma força assustadora, bem ao lado da cabeça da sacerdotisa. Pedaços de madeira, cordas e o sangue do meio-elfo voam com a violência do impacto. Sua expressão era de puro ódio.
Seus olhos estavam vermelhos como sangue.

Porém, no instante seguinte, seus olhos já retornam a coloração normal.

-MUITO BEM! DEU EMPATE PESSOAL! TO DEVOLVENDO O DINHEIRO! – Smash, percebendo a situação, resolve dispersar os marujos.

Renk colocou a mão ferida com o impacto em uma grande cicatriz no seu pescoço, enquanto tossia e se afastava de Luna. A sacerdotisa o observava com um misto de surpresa e medo.

O meio-elfo fala com a voz rouca.

-Cuidado... tem certas coisas... que não posso... fazer com companheiros de viagem... É muito difícil me controlar como fiz agora... cuidado da próxima vez... Luna. – Renk se afasta e desce as escadas para os alojamentos do Avante.
-
O-O que foi isso? – Luna pergunta para Smash, enquanto examina o buraco que um simples soco fez em um mastro de madeira maciço.

-Renk é um servo do Deus da Guerra, garota! Se provocado, ele acaba ficando daquele jeito. Perde um pouco a noção das coisas, mas fica forte pacas!  Sorte nossa que ele está do nosso lado né?

-Sorte? – Luna tocou a área destruída pelo soco. Ainda tinha sangue do guerreiro alí.

- É muito triste, isso sim.

***
Horas depois, Karin estava ao lado do timão, com Capitão Harub.

-Capitão Harub-san, com quantas pessoas já viajou por esses mares? Sua embarcação parece que já viajou muito.

-Com muitas, pequena Karin. De todos os tipos. De valorosos aventureiros a covardes trambiqueiros. Todos que sobreviveram se recordam da experiência, o Quadrilátero cobra sua entrada escrevendo memórias em você. Quando estivermos mais próximos,  você verá que...

 Súbito, os marujos do ninho de corvos gritam:

- VULTOS ABAIXO DA LINHA DA ÁGUA NA POPA!!!!

Harub sorri de modo sombrio.

-Hunf! Chegaram cedo dessa vez! Minha jovem, chame seus amigos ao convés. Vocês terão uma pequenina amostra do Quadrilátero da névoa aqui mesmo.

-TODOS OS HOMENS! POSIÇÕES DE BATALHA!

A marujada correu até armas que pareciam improvisadas: Tridentes de pesca, redes e porretes.
Estavam tensos e aguardavam do lado da murada do barco.

E quando eles aparecem. Saídas da água,  criaturas humanoides saltam e se agarram ao barco as dezenas.

Renk mal pode acreditar em seus olhos exclama:

-São Kobolds! Kobolds marinhos!


segunda-feira, 4 de julho de 2016

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. Capítulo 3: A Partida do porto!



PROLOGO: Conversa de Taverna
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!


CAPÍTULO 3: A PARTIDA DO PORTO


-Ei! Cuidado por onde anda, plebeu imundo! – Um burguês pragueja enquanto sua comitiva se dirige para um barco mercante.

-Opa! Foi mal ae, tio! – Smash cambaleia após o encontrão com o sujeito, fingindo estar bêbado.
Assim que a comitiva se mistura a multidão, o jovem meio-elfo sentou-se em um barril e abriu a bolsa de moedas recém furtada.

-Legal, trinta ouros! – Preciso sair daqui rapidão porque essa quantia o bacana vai sentir falta...
De repente, uma figura agarrou Smash pelo colarinho e o levantou. Era um humano enorme, musculoso e com cara de poucos amigos.

-LADRÃOZINHO! O MESTRE TEM GENTE A PAISANA, PANACA! – As pernas de Smash nem tocavam o chão. A sacola de moedas caiu no chão.

-Lascou-se! Tiozão, é a necessidade sabe.... alivia ai... – Smash sorri. A dúvida no rosto do homem era a brecha para um ataque furtivo.

-PAREM OS DOIS! – Gritou uma voz potente atrás do homem. Uma voz feroz.
Renk se aproxima, segurando o cabo da espada.

-Meu amigo pede desculpas pela indelicadeza – Renk pegou a sacola no chão – Pegue-a e deixe-o ir.
Renk estendeu a mão com a sacola.

Muito bem! Também não quero encrenc.... –  Quando o homem largou Smash e foi em direção a sacola, hesitou.

O olhar do meio-elfo era apavorante.

Apesar das palavras conciliadoras, seu olhar era a de um predador prestes a dar um bote. O homem agarrou a sacola o mais rápido que pode e saiu em disparada.

-Quando falei para buscar suprimentos, falei para você assaltar alguém?!? – Renk se volta para o colega sentado no chão.

-Então... com aqueles suprimentos, poderíamos comprar mais suprimentos.... hehehe – Smash se levanta chacoalhando a poeira das calças.

- Vamos logo caramba! Temos um certo príncipe para  resgatar! – Renk agarra o colega e saem em direção ao Avante.


***


Luna observa fascinada para a movimentação no porto. Ao seu lado, Karin também observava silenciosa.

-Sabe Karin, apesar de morar em Calaran minha vida toda, nunca me aventurei realmente. Acho que chegou a hora, não é?

-Luna-san, cada um de nós tem uma jornada. Agora que nossos caminhos se cruzaram nessa missão, eu a protegerei. – Karin toca no cabo de sua katana, Sakura.

-E que estou empolgada para começarmos! – Luna rodopia, como se dançasse .

- Essa empolgação levou várias pessoas valentes para um túmulo submarino. Fiquem atentas!-Capitão Harub se aproxima junto com Renk e Smash. Os suprimentos estavam carregados.

-Posso não ser o mais experiente guerreiro, caro capitão. Mas seremos abençoados com vitórias épicas ou mortes gloriosas. O deus da batalha nos observa. – Renk observa.

- Deuses não influenciam no destino das pessoas dentro do Quadrilátero da névoa meu jovem. Ali é um território para os mortais. – O tom de voz de Harub fica sombrio.

-Relaxa chefia! Essa dupla aquí dá conta de qualquer tranco que vier! – Smash dá tapinhas no ombro de Renk. – O que me interessa saber é se teremos uma recompensa bacana lá nesse tal Triangulo, Retangulo.... Quadrilátero!

-Vocês encontrarão peleja e tesouros no Quadrilátero,  quase sempre os dois juntos. – Capitão Harub sorri. – É bom ver jovens tão animados, afinal.

Capitão Harub olha para o tombadilho e grita:
TODOS A BORDO! VAMOS PARTIR!!!


***


Sol começa a se por no horizonte. Da murada do convés, os herois contemplam o furor no porto. Marinheiros se despedem de amigos, esposas e amantes. Jovens são "laçados" nos últimos momentos por promessas de grandes aventuras, para acabar descascando batatas nos decks inferiores. Prisioneiros são liberados de suas algemas no momento que embarcam, para servirem de mão de obra barata. São dezenas e dezenas de embarcações, centenas e centenas de destinos.

Os heróis sabiam qual era a sensação de se começar uma aventura, mas nunca viram tantas aventuras começarem ao mesmo tempo.

-Impressionante. – Renk admite – Quantos desses barcos costumam retornar, capitão?

-Seis de cada dez, na maioria das vezes. O importante é ter uma boa largada agora? – Harub olha para as velas ainda recolhidas.

-Largada? Não saquei. – Smash observa o porto. Nenhum barco parte. – O que eles estão esperando?
-O vento! – Luna apontou o indicador para o outro extremo da baia – Veem aqueles dois faróis nos rochedos lá na frente? Quem cruzar por eles primeiro terá o direito de ditar o ritmo da navegação dos demais e escolher as melhores rotas! Nunca tinha participado por esse ângulo. Só ví as partidas de terra.

-A qualquer momento... – Capitão Harub segurou o timão da embarcação. Era o momento.
Súbito, um vento potente cruzou no sentido Leste-Oeste. Varias embarcações inflam as velas e partem, a toda velocidade. Sair de Calaran rápido era garantia de evitar acidentes, concorrentes ou perseguidores.

O Avante permanecia no porto, com ancora levantada e velas recolhidas.

Os heróis viam a situação com suspeitas. O Capitão nem se movia a frente do timão. Os marujos também aguardavam, imóveis.

Era como se esperassem algo.

De repente,  o barco começa a se mover. Era o recuo da maré! Quando os heróis tentam indagar algo, a voz trovejante de Harub brada:

-AGORA! VELA À TODA!

As velas abriram e estufaram. O potente empuxo da maré, somado a força das velas do Galeão,  impulsionaram de forma impressionante. O barco singrava como se recém saído do estaleiro.
-VAMOS AVANTE! NINGUÉM VENCE NOSSA SAÍDA! HOJE ENSINAMOS ESSES MOLEQUES RATOS DE PORTO O QUE É UMA DESPEDIDA! -Os marujos gritam em uníssono urras e continuam a carga.

O Avante se aproximou dos outros barcos em um instante. A correnteza e as marolas seriam um obstáculo. Mas o Capitão Harub manobrava o Galeão com maestria. Ele se aproximava da traseira de um barco, aproveitando a proteção deste contra a turbulência e "saltava" para outro,  mais a frente. Até chegar na vanguarda.

 Ali, outro Galeão,  maior e melhor equipado avançava velozmente. Os canhões apontados para fora de modo ameaçador mantinham qualquer capitão inexperiente a distância.

- Ali esta o Galeão de Edgard,  o Toninha! – A expressão severa de Harub se transforma em ódio puro.

- O cara tá armado até os dentes capitão! Chegar perto dele não é vacilo não?? – Smash grita, pois o vento era forte e a velocidade era impressionante.

-Se passarmos ele ANTES do farol, ele não poderá fazer nada! É a Lei de Calaran! Todos atrás de nós o atacariam! Aquí é uma batalha de habilidades! – Harub girou o timão.

O Avante respondeu prontamente. O barco ficou bem atrás do galeão e se aproximou velozmente, aproveitando o “vácuo” criado pela embarcação de Edgard.

Os barcos se aproximam. A ponta do Avante se aproxima mais e mais da trazeira do Toninha.
-V-Vamos bater! Segurem-se!!! – Renk ordenou. Os heróis se agarraram nas cordas.

-Segurem-se por outros motivos, mestre meio-elfo! – Harub girou o timão novamente, agora com muito mais vigor.

O barco saltou a marola criada pelo Toninha. Passou a centímetros do casco do adversário.

 -ATÉ O MAR DA NÉVOA SEU CEGO DESGRACADO! HA HA HÁ!

Os marujos do Toninha observavam, num misto de espanto e raiva. Sabiam que uma luta alí seria suicídio. Também não vieram ordens do capitão para tal. Não era possível ver Edgard no timão, pois a murada do Toninha era muito alta.

Já no Avante foi uma verdadeira comemoração. Os marujos urravam de alegria.

O Avante cruza a saída do Porto de Verão na frente. A partir daquele momento, o mar seria todo dele.


***

Após passar algumas instruções para seus subordinados, Capitão Harub se aproxima dos heróis:

-Somos os primeiros a sair do porto, então escolhemos o caminho direto para o Quadrilátero.

 Podemos até ser perseguidos por Edgard, mas ele não poderá tentar nada nos próximos dias,  já que tem tantos barcos nas proximidades. Navegaremos a toda vela e entraremos no mar da Nevoa em alguns dias. Aí meus jovens amigos...testaremos sua sorte e a minha.

O Sol finalmente se pôs. O céu estrelado em alto mar impressionava.

 O Avante segue firme rumo ao Oeste. Os marujos estão animados e recusam os pedidos dos heróis em ficar no primeiro dia de vigilância. Os heróis se recolhem ao alojamento,  onde descansam de um dia cheio de encontros e surpresas.

Capitão Harub olhava para o convés do Avante. Sua mão tocava carinhosamente a murada do barco.
-Aguente mais um pouco, velho amigo. Desta vez, ou nós caímos, ou caí Edgard e o Toninha. O mar será o juiz. Ele dirá quem está certo!