quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. CAPÍTULO 15: Entre dragoas

PROLOGO: Conversa de Estalagem
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!
CAPÍTULO 3: A partida do Porto!
CAPÍTULO 4: Luta ou dança?
CAPÍTULO 5: O ataque dos Kobolds!
CAPÍTULO 6: A entrada para o Quadrilátero da Névoa!
CAPÍTULO 7: Duelo em alto-mar! Harub vs Edgard!
CAPÍTULO 8: Espólios
CAPÍTULO 9: O segredo do Capitão Harub
CAPÍTULO 10: Explorações e descobertas
CAPÍTULO 11: Combate na vila élfica!
CAPÍTULO 12: Novos companheiros, novas jornadas.
CAPÍTULO 13: A Fortaleza Flutuante

CAPÍTULO 14: Luta nas cavernas, Luta na floresta

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Smash acorda em uma grande cabana, sob um cobertor de pele. O cheiro forte de couro invade seu olfato e o deixa um pouco enjoado.

-Onde estou? Que tipo de cabana de bárbaros é essa? – O meio-elfo observa a “coleção” da cabana: Cabeças de animais e carapaças enfeitavam toda a parede circular da residência. Toda a sorte de predadores. Cascos blindados e espinhosos. Chifres e presas. Ao centro, uma fogueira crepita dentro do crânio de um Tiranossauro!

-Preciso sair daqui. Avisar os outros sobre a fortaleza e o dragão!. – Apesar da tentação de revistar em busca de tesouros, tinha que pensar de modo prioritário. Estava apenas de calças, sem nenhum equipamento. Sentia que o veneno perdera o efeito, mas o cansaço era terrível. Teria que improvisar. 
Ele vai até a única saída e espia.

Ao puxar a pele de animal que servia de porta para a cabana, Smash viu a real natureza do local onde estava.

-Uma vila sob arvores gigantes... muito bem camuflada. Vai ser dureza escapar. Vou precisar de minhas coisas. –Pondera o meio-eflo.

Nas sombras, uma voz sibilante responde.

-Obrigado pelo elogio, caçador-solitário. Vejo que nossa drogadora conseguiu te colocar em pé bem rápido. Fico satisfeita. Tenho algumas perguntas a lhe fazer!
Do canto da cabana, surge uma estranha figura. Não tinha mais que um metro e meio de altura. Seu corpo esguio e seus seios a mostra indicavam que era uma femea. Porém, a semelhança com os mamíferos acabava ali: sua pele era recoberta de finas escamas verde oliva; sua cabeça era como a de um réptil, com um focinho longo; uma crina vermelha adornava a cabeça; em suas costas, um par de estranhas asas estava retraído, caindo sobre os ombros como uma capa.

-Uma dragoa-caçadora. – Smash conclui em pensamento – A raça das dragoas era famosa por sua ferocidade e sede de sangue. Seu complexo código de honra, que as induzia a lutar sempre contra oponentes poderosos garantiu-lhes o título de espécie mais corajosa e espécie em extinção. Várias vezes se jogaram em guerras contra espécies mais numerosas e superiores belicamentes e morreram. 
Porém sempre carregam com orgulho a convicção que não possuem medo de nenhum ser.
Escravistas por motivos rituais, as dragoas aprisionam outras espécies mais fracas para exibil-las em suas cabanas como troféus vivos. Os inimigos mais fortes são mortos e suas carcaças também são exibidas.

Smash não queria ser parte de nenhum desses enfeites.

A dragoa se aproximou. Carregava a cabeça decepada de Kali.

-Essa era uma das fêmeas de negro que você matou. Eu estava caçando nas proximidades e vi a luta. 
Sua astúcia me impressionou. A covardia delas também. Um verdadeiro guerreiro não usa veneno. 
Nossa drogadora disse que era bem potente. Você teve sorte também.

- Eu fui pego desprevenido pelo veneno, falha minha. – Smash admitiu.

- O que elas eram, exatamente? – A dragoa levantou a cabeça e a encarou, fascinada – parecem como os elfos que habitam o norte da ilha.

-Eram elfas negras. São de uma espécie subterrânea de elfos. – Smash tentava ser cuidadoso com as palavras. Um descuido ali seria suicídio.

 - Já vi elfos lutando antes. Essas elfas negras eram bem brutais.  – A dragoa solta um chiado. Smash entendeu como um riso sarcástico. – Existem outras? Estão junto com os pele verde da rocha voadora?

-Sim, elas acompanham os orcs e a fortaleza voadora. Provavelmente existem mais deles. – Smash sorri – Essa eram apenas jovens. Precisa ver o quanto os adultos podem ser brutais.

-Interessante mesmo! Quero uma cabeça de elfo negro na minha toca! Venha, deixei suas coisas ali. – Smash se levantou e apontou para a cabeça de Kali.

-Gostaria de ficar com essa ai? Seria um agradecimento por curar minhas feridas – Smash ve a face da dragoa se esticar de raiva. A crina da dragoa abaixa e ela começa a rosnar.

-VOCE ACHA QUE NAO CONSIGO PEGAR UM DESSES MACACOS DE ORELHAS LONGAS??? – Ela joga a cabeça com tanta força que se espatifa em um canto da cabana. Smash percebe que cometeu uma gafe.

-POIS BEM, ACEITO O DESAFIO! – A guerreira pegou uma lança de madeira com ponteira de osso e foi em direção a entrada da cabana - Venha, vamos até cabana da Drogadora, lá você receberá seu presente também. Não trouxe você aqui por causa de presentes. Quero caçar o que você caça! Mas agora você está em meu mundo. Te darei algo para equilibrar a situação

***

-Está tudo pronto? Ele será capaz de fazer a união?

Das sombras surge uma Dragoa de pele verde e tigrada. Ela entrega um cesto para sua líder de modo respeitoso.

-Sim...é forte e valente.

- Gosta de correr rápido, caçador solitário. Que tal.... – Ela tira de dentro de um cesto um ovo. – Voar?

- É uma coisa bem bacana, isso ai... – Smash observou que a cor do ovo lembrava a cor das asas  – Não queria brigar ao entregar a cabeça de meu inimigo abatido. Foi um ato de gratidão por ter salvo minha vida.

- Mostre sua gratidão caçando ao nosso lado. Aceite a união. Poderá voar

- Vamos. – Disse Smash de modo resoluto. A dragoa admirou a determinação do meio-elfo.

- Ótimo. Assim verá o mundo como nós.

Ela vira de costas e estende as asas. Eram de um couro fino. Era possível ver as veias entre a película que sustentaria a dragoa no ar. Entre as homplatas, havia uma espécie de inseto, um gigantesco besouro, preso na carne dela.

-Será livre do solo. Os céus serão sua morada, como o Dragão Verde que reina nas montanhas da ilha e nos presenteou com os ovos-de-asas. Com eles, nos um dia caçaremos o grande dragão e mostraremos nossa gratidão.

Smash fica no centro da cabana, com os braços amarrados e suspensos no forro da mesma.
A sua frente, a Dragoa-caçadora deixa o ovo em um cesto.

-A União funciona assim: Você ficará sozinho com o ovo, em meditação. Pense em coisas como liberdade e possibilidades de alcança-las. Dentro do ovo existe um Ser. Ele é muito tímido e você deve chama-lo para fora. Se conseguir fazer o acordo com ele, a União será realizada.
As Dragoas saem. O silencio cai sobre a cabana.

-Preciso fazer isso logo. – Pensa o meio-elfo – o pessoal já deve ter dado por minha falta. Esse par de asas virá a calhar...

-Não sou apenas “um par de asas”. Vai me usar como uma ferramenta?

-Então... vc é o ovo? – Smash ouviu o som da criatura dentro de sua mente – Incrível... e sua voz estará sempre assim na minha cabeça?

-Por que me uniria a você, humano? As dragoas são os seres mais corajosos desse mundo. Me unir a uma delas seria muito mais vantajoso.

-Eu tenho algo além de coragem, pequeno ovo. – Smash pensa sarcástico

-Não me chame de ovo! Sou as asas daqueles que desejam ascender aos céus!

-Então vamos! Acha que essa ilha esquecida é o único lugar do mundo? ? ? Eu, um simples humano, já ví batalhas brutais, mares tempestuosos e muitas maravilhas! Aqui você voará sobre arvores, e só! Vamos voar sobre as capitais dos reinos! Campos de batalha! Dentro de tavernas!!!

-Eu...tenho medo.

-MEDO? Você estará com Smash Toon. Juntos, construiremos a sua coragem!
Silencio. Vazio e absoluto.

- Será que ele desist...

O ovo se rompe em uma explosão psíquica.

A criatura salta de dentro e escorrega para as costas de Smash.

Nesse momento, tudo muda para o meio-elfo.

Nervos afiados atravessam a pele e se alojam em sua coluna. Veias se conectam, bombeando sangue de seu corpo para a criatura.

-Você será meu alimento! Me mostrará o mundo que diz existir além da ilha!! Me mostrará coragem!

-V-Você será as minhas asas. Não tenha medo! Pode pegar todo sangue que precisar! Juntos vamos abalar esse mundo!

Smash sente seu coração palpitando pela perda de sangue. Sentia um adormecimento. Ao mesmo tempo, outra mente se integrava a sua. Uma mente cheia de memorias. Memoria de tempos longínquos, cheios de criaturas titânicas e medo, muito medo. Eram as memorias ancestrais do ovo se mesclando as suas.

-N-Não esqueça, Sr. Ovo.... Eu sou o capitão desse barco! – Smash sentia uma perigosa supremacia mental da criatura. Podia perder a mente se não isolasse sua personalidade.

-Eu estarei sempre aqui, em silencio. Estou ansioso para conhecer o mundo, Smash!

-Vamos nessa então, irmãozinho!!!

As asas brotam da criatura. Formam couro, ossos ocos e músculos poderosos. A criatura se ajeita pela ultima vez. Agora ficaria naquela posição por toda sua vida.

A União estava feita.

***

-Como acha que foi a cerimonia, drogadora? – A líder das Dragoas estava preocupada. Já se passaram algumas horas.

-Sempre com pressa, não é mesmo Mazula? Pressa para que ele fosse curado do envenenamento e agora pressa para que ele voe. O que viu nele?

-Um caçador como nós. A Serpente queima forte em seu coração. Quero ver a coragem desse humano contra mais seres. Ele também pode nos levar a caçadas aos tais elfos negros e aos peles-verdes.

Nisso, ouve-se o lufar de asas dentro da cabana. Drogadora e Mazula correm até lá e veem Smash jogado no chão, com suas recém nascidas asas abertas, se movendo.

-Incrível... as asas já estão maduras! – Mazula toca no couro resistente.

-Ele é maior e tem mais sangue, por isso ficaram prontas bem rápido. – Emenda a Drogadora.

-Cara... que viagem...- Smash se levanta. Era como se o mundo ganhasse outra dimensão, mais alta. Se sentia desconfortável com os pes no chão... queria voar.

-Caçador solitário. Você é um dos nossos agora. Deve seguir nossas tradições enquanto estiver aqui. Pegamos as coisas das elfas e fizemos uma armadura para você. Usar o corpo abatido do inimigo é sinal de respeito e força. Não se preocupe. Sua aparência pouco mudou.  realmente ajustar os furos da armadura nas costas.

-A não ser que não se importe com a cor dos cabelos. Que efeito interessante – Comenta a Drogadora, tocando nos cabelos de Smash, agora completamente brancos!

-SR. OVO! SACANAGEM!!!

-Precisava de energia. Não iria tirar de partes vitais!

-CARA! VACILO SEU! ISSO VOLTA?

-Volta sim, e só se alimentar que aos poucos volta.
Nisso varias dragoas chegam voando.

-Senhora Mazula! Vimos o grande Dragão ser abatido pela rocha flutuante!

-COMO ISSO É POSSÍVEL! - A líder dragoa se volta para Smash. – Ele seria NOSSA presa! A rocha voadora e seus peles verde pagarão! Vamos até a toca do Dragão e pegaremos esses malditos ladroes de caça!

-MINHAS IRMÃS! PREPAREM-SE PARA A GUERRA!

Smash salta da plataforma e estende as asas, que o impulsionam para cima. Logo a floresta se torna um tapete verde sob sua visão. Esta tão rápido que não consegue usar o olhos, devido ao vento. Mas os olhos do Simbionte funcionam, lhe conferindo visão perfeita.


-Estamos chegando pessoal! He he... o Renk vai ter uma surpresa!

domingo, 10 de dezembro de 2017

CAMPEONATO DE SILÊNCIO 2017: RESULTADO FINAL

Eis o resultado final do Campeonato Interclasse de Silêncio Absoluto da Escola Maria Isabel Neves Bastos ano 2017!

PARABÉNS AO 7ºA PELA SILENCIOSA ATUAÇÃO. SE PREPAREM PARA O ANO QUE VEM!


domingo, 8 de outubro de 2017

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. CAPÍTULO 14: Luta nas cavernas, Luta na floresta

PROLOGO: Conversa de Estalagem
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!
CAPÍTULO 3: A partida do Porto!
CAPÍTULO 4: Luta ou dança?
CAPÍTULO 5: O ataque dos Kobolds!
CAPÍTULO 6: A entrada para o Quadrilátero da Névoa!
CAPÍTULO 7: Duelo em alto-mar! Harub vs Edgard!
CAPÍTULO 8: Espólios
CAPÍTULO 9: O segredo do Capitão Harub
CAPÍTULO 10: Explorações e descobertas
CAPÍTULO 11: Combate na vila élfica!
CAPÍTULO 12: Novos companheiros, novas jornadas.
CAPÍTULO 13: A Fortaleza Flutuante


CAPÍTULO 14: Luta nas cavernas, Luta na floresta


O grupo entra pela passagem. O som de água fica mais nítido. A medida que avançam o ambiente fica mais e mais claro! Gigantescos cogumelos florescentes iluminam o ambiente. A caverna se abre em um grande salão. Um riacho corre ao fundo e, do outro lado, várias entradas. É um local imenso, mas nem sinal do Dragão.
-Nenhum rastro da fera. – Aponta Caliel para o solo. – e imaginar que minha comunidade sempre evitou a região. Foi fácil entrar!
-Facil até demais. – Renk estava plenamente alerta. – Não fiquem confiantes demais. Cometer erros contra dragões é cavar a própria sepultura
Harub fareja o ar atenciosamente.
-Este cheio... é de agua salgada do mar! Como pode? Aquele riacho pode estar ligado ao mar pelas cavernas! Impressionante.
-A criatura poderia então sair pela água com tranquilidade. Parece fundo o bastante. Devemos...
Renk é interrompido por um movimento na água! Duas criaturas saem do riacho guinchando!
-São Chuuls! Essas coisas habitam o litoral! Devem ter subido pelas cavernas.
-Sinto a agressividade, estão protegendo território! Vão atacar! – Luna adverte.
Karim e Renk avançam sobre as criaturas. Elas parecem furiosas com a presença dos heróis e levantam as garras ameaçadoras.
-São imensos! Quase do tamanho de um cavalo! – Comenta Renk empolgado. Lutar contra criaturas é um desafio que aumenta o apetite do meio-elfo por pelejas.
Karim estuda a criatura a sua frente. Suas laminas conseguiram perfurar a carapaça duríssima dos monstros?
Caliel e Luna correm em direção de um dos cogumelos gigantes. A elfa apruma o arco. Amaldiçoa a si mesmo por usar um arco orc, mas era o que tinha disponível. Os monstros receberiam sua frustração pelas flechas.
Luna fica a retaguarda de Renk. Da ultima vez, o meio-elfo quase morreu. Era preciso ficar vigilante
Harub saca a pistola e atira na criatura. A bala acerta a garra e resvala.
-Duro como pedra! Cuidado, todos vocês! Esses bichos estão fora de seu ambiente, devem estar loucos de ódio!
A criatura a frente de Harub golpeia com a garra. O impacto no solo racha o chão!
O outro monstro começa a escavar o solo com as poderosas garras. E do chão extrai uma rocha imensa, quase do seu tamanho!
-Ele vai joga-la! Protejam-se! – Grita Karim, enquanto avança.
A rocha voa em direção aos heróis, Renk olha para trás
-Pode acertar a Caliel...droga! – O meio-elfo mantem a posição e recebe o impacto da rocha, que o joga para trás.
Harub salta para frente e fica de cara com a criatura. Aponta o sabre para o monstro:
- Venha monstro! Meu sabre precisa desenferrujar um pouco!
Caliel estava prestes a lançar uma flecha quando estilhaços da rocha a atingem. A flecha que estava aprumada no arco voa para o alto e se perde no fundo da caverna.
- São bem inteligentes...pressentiram que iria atirar!
Assim que Harub se coloca na frente do Chull, este corre em direção a Renk, ainda caído! Quase que o Canita é atropelado!
-DROGA! – O meio-elfo cruza os braços sobre o rosto.
A martelada da garra o acerta em cheio. Estilhaços de rocha voam com o impacto!
Luna vai em direção a Renk para prestar auxilio. O colega está em apuros!
Karim saca a espada, tentando se colocar entre o monstro e os demais companheiros.
O Chull que lançou a rocha para rosnando na frente da Shinigami. Tenta golpea-la com suas potentes garras, mas erra
-Ele é bem forte, mas lento. Devo ser cautelosa! – Conclui a Shinigami.
O monstro golpeia novamente, a garra desce sobre o meio-elfo.
Era o momento de reagir.
Renk larga a espada e segura o golpe com as duas mãos!
-Você.... não vai ter .... outra chance! – O meio-elfo desvia da garra e rola, pegando novamente a espada!
-SUA LAGOSTA INFELIZ! TOME ISSO!!!
Um relâmpago sai da ponta da arma, atravessando o monstro e partindo em direção do outro Chull, que também é atingido!
-Agora vi serviço, mestre meio-elfo! – Harub golpeia uma das pernas da criatura, arrancando carapaça e sangue.
Luna se aproxima de Renk e inicia uma magia de cura
-Seu louco! E se ele golpeasse com as duas garras? Voce não teria como esquivar!
-Eu... dou conta! – Renk estava ofegante. Apesar da magia curar suas feridas rapidamente, o movimento fora muito mais cansativo do que parecia. Era como se a espada tivesse sugado mais energia do que de costume.
O Chull a frente de Renk recua guinchando. O ataque o feriu, mas parece que tem algo a mais.
-A...minha tocha? – Luna observa como o monstro encara a tocha com atenção a medida que recua – Ele... TEM MEDO DE FOGO!
O monstro a frente de Karim golpeia novamente. A Shinigami desvia do golpe com agilidade, golpeando o flanco do monstro. Os golpes não parecem surtir muito efeito.
Caliel fica estática. Já caçou varias vezes com seu povo, mas nunca tinha visto tamanha improvisação e trabalho em equipe ao mesmo tempo! Queria engajar no combate, mas como?
Renk se desloca para a lateral de guarda fechada, dando espaço para Luna.
- Sua vez Luna! Faça sua luta! – Se a criatura se movesse para atacar a sacerdotisa, o meio-elfo seria impiedoso.
Caliel sai do esconderijo e puxa a corda do arco. As criaturas receberiam um tiro inesquecível.
O Chull recua, mas ainda tenta golpear Luna, que segura uma tocha na mão enquanto faz uma prece.
-Que a luz da paz brilhe sobre os aflitos! SANTUÁRIO! -  Uma aura protetora brilha sobre a sacerdotisa. As criaturas recuam com as garras para cima.
Agora! Karim, Caliel! – Luna sabia que os monstros não ficariam inertes por muito tempo
- Peguem isso! – Caliel dispara. A flecha cruza a caverna e passa pela tocha, retirando preciosas labaredas, deixando o projetil incandescente! Ao cair, o chão começa a pegar fogo!
- O chão está cheio de guano e turfa inflamável! Onde cair chamas, terá fogo! – A elfa estava surpresa com a percepção dos companheiros. Eles rapidamente mudaram o foco da luta para uma captura. Então, ela também se adaptaria.
Karim pega outra tocha e começa a tocar os Chulls. Agora estavam bem juntos. Será que Luna conseguirá amansa-los?
Capitão Harub acende outra tocha e corre para o lado oposto. Assim as criaturas ficariam quase cercadas!
Os heróis ficam de prontidão para a tentativa de Luna. Qualquer movimento seria retaliado.
Uma das criaturas tenta fugir, mas Harub sacode uma das tochas e espanta ela para o centro da armadilha
- Vocês não estão em seu território. Foram trazidos aqui, não é? Não precisam temer o fogo ou nós.
A aura da sacerdotisa iluminava seu corpo. Todos na caverna sentiam menos agressividade. Esse é o real poder dos Clerigos de Lena, o poder de acalmar as emoções para preservar a vida.
As criaturas abaixam as garras. Elas se renderam.
-Não são totalmente ignorantes, mas podem se assustar fácil, mantenham só uma tocha acesa! – Os heróis apagam as tochas, mantendo apenas a da sacerdotisa.
-Não acredito que conseguimos doma-los! – Renk observa os monstros andando pela caverna, mascando fungos recolhidos do chão.
-Não estão domados. Somos apenas bem-vindos enquanto não fizermos nada agressivo, ouviu Sr. Guerreiro? – Luna belisca a bochecha do meio-elfo.
-S-Sim! Devemos continuar! Para onde vamos? Tem varias entradas não? – Renk observa as passagens após o riacho.
- O vento sopra da passagem da direita. – Caliel pondera enquanto cruza o riacho com um salto.
- Sinto algo mórbido na passagem do centro. – Karim comenta enquanto avança.
- Sinto cheio de confusão em qualquer passagem! – Capitão Harub ironiza.
***
KALI salta para uma arvore e saca um arco. Apruma DUAS flechas na arma e mira cuidadosamente.
-Vamos mestiço. Dance com minha irmã! – Diz a elfa-negra, bem humorada.
-Uma vai ficar me espetando enquanto a outra ataca – Conclui Smash. Vai ser um duelo injusto...
O meio-elfo não tem tempo de concluir o pensamento. De repente, tudo fica escuro como a mais profunda noite!
-Escuridão magica, a habilidade natural dos elfos-negros. Essa eu ví chegando de longe!
Smash saca a espada magica:
-“ - Caex! Vaeri persvek vargach!” (Espada! Dance na batalha!) – O brilho da espada dançante flutuando no ar cria um mínimo campo de visão.
-Vai ter que bastar...Quando terminar aqui, o Renk vai morrer de inveja!- Com toda a confiança, Smash saca a adaga, sabe qual é o próximo movimento do inimigo
- Vamos garota... faça seu movimento... – Smash abre os olhos o máximo possível. Teria que captar quaisquer fragmentos de luz para ter certeza do ângulo.
-Pela direita! – O reflexo da lamina da elfa-negra reluz no breu. O meio-elfo se inclina para traz, quase caindo, e agarra o braço da elfa-negra, torcendo-o
De repente, o zunido de uma flecha rompe o silencio. Era Kali disparando em ataque coordenado com a irmã!
-Sincronia perfeita! – Smash puxa Krisna e a coloca de frente para o disparo. A elfa negra leva a flechada certeira na perna!
-MESTIÇO DESGRAÇADO! KALI! ELE TENTA....
Smash rasga o rosto da elfa-negra com a adaga. Não daria tempo para ela avisar a colega sobre o ardil.
Com a mão no rosto, Krisna não percebe a espada de Smash voando em sua direção.
A espada do meio-elfo golpeia o flanco da elfa-negra, a fazendo se afastar, deslocando a bolha de escuridão a sua volta junto com ela.
-Droga! Lá se vai a cobertura! – Smash tenta saltar, mas outra flecha é disparada. Kali manteve duas flechas prontas desde o inicio do combate. Esta acerta o meio-elfo de raspão, no braço esquerdo.
-Nunca subestime um mestiço. – Smash sorri com malicia enquanto limpa a adaga. – Vamos moças, vamos continuar dançando.
-TOMA ISSO ELFA MALDITA! – Smash arremessa a lança que recolheu do elfo-do-mar, ela voa de modo incrivelmente reto!
-Ele nunca vai conseguir me acert...- a bravata da elfa-negra é interrompida quando a lança travessa seu tórax!
-Como...é possível...- A escuridão se dissipa. Krisna vê seu inimigo sorrindo pela ultima vez.
-Como? Sorte, oras. Nimb sempre sorri para os mais ousados.
É quando um raio cai sobre a elfa-negra, calcinando seu corpo! Era o efeito magico oculto da lança em funcionamento!
-Sorte dupla. E aí moça da arvore? Vai brincar mais com o mestiço?
A elfa negra salta da arvore e corre! Está fugindo!
- Maldito mestiço! Está cheio de truques! – Kali praguejava enquanto corria pela floresta –  Mestre Zanzer vai me esfolar por causa desse fracasso!
- Ele não vai ter tempo para isso. – Diz Smash, correndo ao lado da elfa negra!
Kali mal tem tempo para se defender. Cruza os sabres sobre o peito, para evitar o ataque.
Que vem por traz.
A espada magica atravessa as costas da elfa negra. Smash tem tempo de chuta-la na direção da arma, que fica junto de seu corpo inerte.
- Poxa, devia ter tentado captura-la. São mais frágeis do que imaginei. Bem, mãos a obra!
Smash faz a macabra tarefa de cortar a cabeça da elfa, recolhe as coisas dela em sua mochila e vai em direção do outro cadáver, fazendo o mesmo.
Observando com atenção, o meio-elfo entende algumas coisas sobre suas oponentes.
- São bem jovens. Talvez até inexperientes. Acho que só a primeira sabia usar a escuridão magica... espero que tenham vindo sem avisar os superiores, senão vao partir em busca das duas desgarradas.
Smash corre em direção ao acampamento. O sol estava cada vez mais intenso. Seu corpo pesava com o equipamento a mais. Ele suava, muito.
-Tem... algo errado... não devia ser tão puxado... – O meio-elfo bota a mão no rosto e sente um calor intenso. Está com febre!
- Veneno? Quando? – Ele vasculha a mochila e retira a adaga de Krisna. Ao cheirar a lamina, a constatação.
- Que.... vacilo....
Smash cai, sozinho, na floresta
***
Smash acorda em uma grande cabana, sob um cobertor de pele. O cheiro forte de couro invade seu olfato e o deixa um pouco enjoado.
-Onde estou? Que tipo de cabana de bárbaros é essa? – O meio-elfo observa a “coleção” da cabana: Cabeças de animais e carapaças enfeitavam toda a parede circular da residência. Toda a sorte de predadores. Cascos blindados e espinhosos. Chifres e presas. Ao centro, uma fogueira crepita dentro do crânio de um Tiranossauro!
-Preciso sair daqui. Avisar os outros sobre a fortaleza e o dragão!. – Apesar da tentação de revistar em busca de tesouros, tinha que pensar de modo prioritário. Estava apenas de calças, sem nenhum equipamento. Sentia que o veneno perdera o efeito, mas o cansaço era terrível. Teria que improvisar. Ele vai até a única saída e espia.
Ao puxar a pele de animal que servia de porta para a cabana, Smash viu a real natureza do local onde estava.
-Uma vila sob arvores gigantes... muito bem camuflada. Vai ser dureza escapar. Vou precisar de minhas coisas. –Pondera o meio-eflo.
Nas sombras, uma voz sibilante responde.

-Obrigado pelo elogio, caçador-solitário. Vejo que nossa drogadora conseguiu te colocar em pé bem rápido. Fico satisfeita. Tenho algumas perguntas a lhe fazer!

sábado, 7 de outubro de 2017

Campeonato de Silêncio 2017!!!!

E vamos a mais uma fase do Campeonato Interclasse de Silêncio Absoluto da Escola Maria Isabel Nevez Bastos no ano de 2017!!!

Esse Quarto Bimestre promete! Veremos o resultado final desse ano! Boa sorte a todos!


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. CAPÍTULO 13: A Fortaleza Flutuante!

PROLOGO: Conversa de Estalagem
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!
CAPÍTULO 3: A partida do Porto!
CAPÍTULO 4: Luta ou dança?
CAPÍTULO 5: O ataque dos Kobolds!
CAPÍTULO 6: A entrada para o Quadrilátero da Névoa!
CAPÍTULO 7: Duelo em alto-mar! Harub vs Edgard!
CAPÍTULO 8: Espólios
CAPÍTULO 9: O segredo do Capitão Harub
CAPÍTULO 10: Explorações e descobertas
CAPÍTULO 11: Combate na vila élfica!
CAPÍTULO 12: Novos companheiros, novas jornadas.


CAPÍTULO 13: A Fortaleza Flutuante

A montanha se mostrou um obstáculo razoável, mas não pela sua parte Sul. Smash escalou as pedras com precisão e cuidado. Quando encontrou o ponto que Karim indicou, percebeu a dimensão dos problemas.

O castelo flutuante estava a no fundo do vale, a sua frente.

-É grande. Deve caber mais de cem criaturas tranquilo... e o pior e que está flutuando bem alto, mais de vinte metros. Eles devem ter montarias aladas ou cordas para entrar. Vamos mais perto.
Ele desceu a encosta. Se estivesse sem a capa e as botas élficas, seria uma presa fácil. O equipamento realmente parecia encantado. Pequenos lagartos e aves só percebiam o meio-elfo quando este estava prestes a toca-los!

-Vou agradecer a princesinha elfa depois, da-lhe artesanato élfico! – Pensou o furtivo guerreiro.
Smash chegou a quase dois kilomentros da estrutura. Agora via com detalhes a movimentação abaixo. Ele sacou uma luneta que “emprestou” do Capitão Harub:

-Nossa! Estão desmatando tudo abaixo do castelo. Devem precisar de combustível ou reparos. Ah, tem uns andaimes na muralha, devem estar reparando. A estrutura parece antiga... o que?

O meio-elfo vê vários humanoides trabalhando. A  anões presos por uma única corrente. Estão cortando e arrancando galhos de arvores. Mais abaixo da muralha, outra dezena deles aplainam a madeira e fazem tabuas. Orcs se espalham pelo local, dezenas e dezenas indivíduos.

É quando ele os vê.

Saindo de uma cabana, surgem quatro elfos negros. Seus cabelos brancos e pele roxa eram inconfundíveis. Eles pareciam incomodados com a luz solar e colocam capuzes. Vistoriam o trabalho dos escravos.

-N-Não pode ser! – Smash esfrega os olhos quando percebe quem também sai da cabana.
Orunas, o tenente Ogro!

Estava completamente vivo! Não tinha sinais de combate, mas seguia os elfos de modo submisso. Provavelmente era subordinado das maléficas criaturas.

O Ogro saca uma corneta e a toca ao comando dos elfos. Varios orcs se reúnem enfileirados a frente dos vilões. Começam a mostrar armas e posições de batalha para seus mestres.

-Inspeção de tropa! Estão se preparando para partir! Devem ir a caça do nosso acampamento!
A fileira começou a se mover. Correiam para o norte.

-Eles devem tentar dar a volta nas montanhas pelo norte, até a vila élfica queimada, e nos rastrear de lá. – Smash relembra o tempo que passou na área de combate antes de se reunir aos colegas, apagando os rastros da retirada do grupo – Conseguimos fazer vários distratores, mas tudo isso me incomoda...

De repente, uma muralha do castelo explodiu.

-Por Nimb! – Smash exclama assombrado quando ve a parede de pedra despedaçando.

 Todo o castelo se inclinou. Pedras caiam, escravos despencavam caucinados. Uma voz de trovão irrompeu por todo o vale e montanhas próximas.

-ZANZER! SAIA DESSA CONCHA VELHA E ME ENFRENTE!!

O som quase derrubou Smash desfiladeiro abaixo. Uma sensação gélida percorreu sua espinha e ativou seus instintos mais primitivos de fuga. Era como se um predador o espreitasse.

-E-Essa sensação...é....um Dragão! – Smash se escondeu melhor. Sabia o que vinha a seguir.

A fera cruzou o ceu. Suas escamas verdes brilhavam cintilantes. Era imenso, quase trinta metros. Um dragão grande ancião, o maior representante de sua espécie. Mal era possível olhar para ele. Smash tremia como um rato cercado por serpentes. A aura de pânico do monstro era tão potente que vários escravos e orcs morreram com o susto.

Uma voz saiu do castelo. Era sóbria e convicta:

-POIS MUITO BEM FERA! POUPOU-ME O TRABALHO DE CAÇA-LO EM SEU COVIL! JÁ SEI COMO FUNCIONA SEU TRUQUE, ENTÃO LHE DAREI UM POUCO DO PODER QUE A FORTALEZA TEM A OFERECER!

Do topo da torre surgiu uma luz azulada. Ela se concentrou e o ar se encheu a sua volta se encheu de raios.

Um feixe de energia negra cruza o céu e acertou o dragão em cheio. O impacto desloca o ar criando um estrondoso trovão. A onda de choque arremessou o dragão longe, do outro lado da cordilheira, a dezenas quilômetros. Os orcs, elfos negros e o Ogro vibravam de alegria pela vitória.

Smash estava atordoado. Nunca vira uma demonstração de poder arcano tão apavorante.

-Calma, calma... – Smash dava tapinhas no rosto, para recobrar a atenção – Sempre tem um ponto fraco... Esse tipo de cara SEMPRE tem um ponto fraco. É o que papai diria.

Súbito, a fortaleza começou a descer, inclinada. Smash percebeu que o lado inclinado era onde estavam os andaimes de reparos.

-Aquele ponto não flutua legal? O tiro pode ter esgotado a capacidade de flutuação. – Concluiu o meio-elfo.

Vários escravos são destacados para subir em cordas em direção ao castelo. Um ciclo de reparos e torturas recomeça.

-Alí deve ser a entrada mais viável. Poderia ir por ali direto para o pátio interno...-Smash interrompeu o pensamento e olhou para a montanha. Renk a essa altura já devia ter encontrado o covil do Dragão! E o balsamo? E a troca de vidas?

-Lascou-se! Ou o Renk encontra o covil vazio e não dá em nada ou acha um dragão ferido e mal-humorado! – O meio-elfo se levantou e correu. Era preciso chegar nos companheiros antes dos regimentos orcs ou do dragão.

-Para descer até Nimb ajuda! – Smash saltou mais um trecho da montanha. Era risco de queda, mas pelo menos dali não seria mais avistado pelos comparsas de Zanzer.

-O ataque do Dragão atrasou toda a operação do sujeito, agora era preciso reunir o pessoal e partir, ou para o ataque, ou para a defesa da nossa base – Smash ponderava enquanto pulava de pedra em pedra, descendo a encosta ingrime. A floresta densa se aproximava cada vez mais.

Mais um salto, quase dez metros. Ao cair, Smash segurou nos galhos da copa de uma arvore logo abaixo. Apesar da velocidade, parecia que as plantas reagiam ao toque do meio-elfo com silencio.
-Essas roupas élficas são MESMO magicas! Assim ninguém vai me detectar tão cedo...
De repente, como que por encanto, um pedaço da armadura de couro rasgou. Um corte profundo se formou e o sangue começou a correr.

Por instinto, Smash mudou de direção e saltou novamente. Sentiu sobre a cabeça um movimento rápido e preciso. Um pedaço da touca da capa rasgou com a flecha endereçada a sua cabeça.
- Oh... veja isso, irmã. Ele esquivou! – Uma figura feminina apareceu de tras de uma arvore, segurando dois sabres.

- Quem diria... olhe! Não é um elfo puro! É um mestiço! Essa ilha é cheia de surpresas. – uma outra desceu de um galho a poucos metros de Smash.

-Sou Krisna. Aquela é minha irmã Kali. E você é um meio-elfo morto. Não vai mais bisbilhotar a fortaleza do mestre Zanzer!

As duas elfas negras, usando armaduras de couro negras se aproximavam confiantes. Seus olhos brancos, sem pupilas, contrastavam com sua pele arroxeada. Seus cabelos brancos estavam amarrados em rabos-de-cavalo.

-Pensou que não perceberíamos? Não notaríamos sua presença?

Smash vasculhou rapidamente onde falhou. Se escondera tão bem... conseguia visualizar toda a fortaleza com a luneta...

-Droga, o brilho do vidro da luneta! Que vacilo....

Smash colocou a mão no ferimento e fez uma expressão de dor. O corte não era profundo, mas parecia. Poderia surpreende-las, fingindo que estava ferido demais e tentar fugir. Ou combate-las e tirar mais preciosas informações.

-Aff... que enrascada me meti... – Conclui para si mesmo.

***

Os heróis avançavam pela floresta. Com Caliel à frente, o caminho tornou-se mais fácil, um bom trecho foi vencido sem problemas.

-A partir daqui é território do dragão. Minha comunidade não se aventurava por aqui. – Apontou a elfa da floresta.

-Então é hora de desbravarmos! – Capitão Harub tomou a dianteira.

-Quanta empolgação Harub! O que deu em você? O ar da floresta fez brotar um aventureiro ai? – Renk o ajudou a cortar a mata para passarem.

-Não, mestre meio-elfo. Somente estou ansioso em encontrar o local do descanso final de minha mãe. Foi no covil da criatura que ela pereceu para me salvar. Fui trazido a praia pelo próprio dragão! Mas agora posso dar um funeral descente a ela!

O canita avançou mais vigorosamente. Naquele momento, Renk admirou a longa vida de lutas e perseverança daquele homem.

-Já vejo a base da montanha! – Karim acenou do topo de uma arvore.

-Estranho. A força vital do dragão já seria perceptível daqui! – Luna fechou os olhos e se concentrou para aumentar a amplitude de sua percepção. – Talvez a força vital da floresta esteja interferindo. Se for, é uma excelente camuflagem.

-Se ele nos ameaçar, sentirei de imediato. Veja, a mata está menos espessa. – Renk avançou até uma clareira. Harub logo atrás.

-Chegamos. É aqui com toda a certeza! – Harub observava a frente com olhar determinado. A entrada da caverna era imensa. Uma bocarra na montanha. Samambaias cresciam ao redor, não havia sinal de ameaça.

-Vamos entrar! Preparem-se! – Renk tirou os equipamentos da mochila com uma estranha alegria.
Lugares como aqueles eram um convite para qualquer aventureiro.

– Hora de se arrastar em cavernas!

sábado, 2 de setembro de 2017

CONTOS!

Resultado de imagem para jedi vs sith
Saudações Rpgisticas!

A um tempo atrás, eu e a Professora Renata jogamos uma partida amistosa de Star Wars RPG, para que ela conhecesse o sistema de regras. Decidimos que seria um duelo entre um Cavaleiro Jedi e uma Darth Sith!

A partida foi tão interessante que gerou esse conto. Espero que gostem. Você pode le-lo aqui na postagem ou acessa-lo pelo link do Wattpad, também abaixo. Boa leitura =D

Link do Wattpad: CLIQUE AQUI

Duelo

As estrelas param de passar a velocidade da luz e se alinham novamente. Darth Guima chega a seu destino. Ela observa o planeta Eadu, um planeta usado pela antiga Republica como base de operações próxima à fronteira com a borda exterior. Hoje, ele é propriedade do Império. Hoje, ele é um dos locais usados para os experimentos com as novas armas do Império.

E também um inesperado campo de caça para a Sith Darth Guima.

Desde que a Inquisição Jedi teve início com a morte de toda a Academia Jedi na Capital e a ascenção do Imperador Palpatine, Darth Guima tem caçado impiedosamente os dissidentes Jedi. Vários caíram sob os golpes precisos de seus sabres. Mas um tem sido especialmente difícil de agarrar.

O comunicador de sua nave ativa. A silhueta azulada de um stormtrooper aparece no painel de controle.

-Lady Guima, detectamos sua presença na orbita de Eadu. Precisa reabastecer ou...

-Quem diria... bem embaixo de nossos narizes... – A guerreira interrompe o subalterno, ao sentir a suave perturbação na Força emanando do planeta – O rato traiçoeiro veio direto para um planeta sob nosso controle, na esperança de que não o encontrássemos. Avise Lorde Palpatine que em breve trarei a cabeça de Haguen Robva e a localização de Obi-Wan Kenobi!

***

Em um rochedo, sentado tranquilamente, Haguen Robva observa as estrelas. Apesar do frio, suas roupas praticas e seu manto eram sua única proteção. Desde os tempos da Academia Jedi ouvia de seus colegas que sua resistência ao frio era admirável.

-Ei, R4! Saia dessa caverna e venha ver o céu!

O Droid cilíndrico, com rodas emborrachadas, sai apitando da pequena caverna que serve de refúgio e moradia para a dupla. Ele traz uma lata com um liquido espesso e fumegante presa em sua garra mecânica.

-Frio? Você deve estar com os sensores térmicos com defeito! Quando fizer 5 graus, falaremos sobre frio! – O Jedi pega a lata e pisca para o droid – Valeu amigão.

Subitamente Haguen sente algo. Era como se alguém o observasse. Um predador.

Olhando de cima.

Das estrelas.

-Epa... – O Jedi começa a beber sua sopa – Parece que teremos visitas, R4.

 ***

Darth Guima anda pelas ruas da cidade mineradora de Turnath com uma expressão sombria. Aquela aglomeração, o cheiro de produtos químicos misturado com o suor dos trabalhadores das mais variadas raças da galáxia, trazidos ali por sua tola ganancia e presos pela força da escravidão. Tudo ali a desagradava. Para a Sith, o ambiente fedia a covardia. O medo do chicote e da morte emanava dos servos do Império. Lembrou de sua infância, quando fora vendida como escrava para trabalhar em uma cidade praticamente idêntica a essa.

O medo de morrer permeou aquela existência. Foram anos de trabalhos forçados para apenas, no fim de um dia de trabalho, receber uma porção minúscula de comida. Esta era roubada pelos outros escravos mais fortes. Toda noite, dormia com fome.

Até que a fome superou o medo.

Então a fome se transformou em ódio.

E o ódio a transformou.

Quando tentaram roubar sua comida, seus olhos brilharam. Suas mãos brilharam. Relâmpagos de ódio e frustração calcinaram seus inimigos.

Em poucos dias, a Ordem dos Sith a encontrou. Eles ajudaram Darth Guima a canalizar seu ódio para a falsidade do Lado Luminoso. Ela era agora uma ferramenta do Império. Uma Inquisidora dos Jedi.
Ao sair pelos portões da cidade, a Sith vislumbra um deserto rochoso. Durante centenas de anos, a região fora usada para exploração mineral, portanto a área era um labirinto de tuneis, vales e desfiladeiros.

Darth Guima fecha seus olhos. Ainda era possível sentir as emanações da Força vindas de um desfiladeiro, a alguns quilômetros dali.

-Você não quer mais se esconder, não é? – a guerreira fecha os punhos cheia de raiva - Que a caçada comece!

***

Sob o topo de um desfiladeiro, Haguen observa o horizonte, pensativo. A Força emanada pela Sith podia ser sentida facilmente. O droid do Jedi se aproxima e solta um chiado.

-Você está muito negativo, R4. Vai tudo acabar bem. – O Jedi coloca a mão sobre a cabeça do amigo.
O robô chacoalha e apita. Enquanto acaricia seu companheiro mecânico, Haguen sente uma perturbação na Força.

O desejo assassino de Darth Guima o alcança.

-É realmente um Sith. Farei o possível para ficar inteiro. Enquanto a você, vá para a caverna. – Haguen vê uma silhueta se movendo a uma centena de metros de distância – A coisa vai esquentar por aqui.

A presença de Darth Guima é assustadora. O manto negro parecia extinguir a luz a seu redor. Em suas mãos, os cabos de seus sabres de Luz. Os olhos amarelados fixos em seu alvo.

Haguen salta agilmente e desce até a entrada do desfiladeiro. Recepcionaria a visitante no mesmo nível. Sacou o sabre de luz e disse:

-Bom dia! Posso ajuda-la em algo?

A piada fez Darth Guima tremer de raiva. Estava prestes a descarregar seu ódio sobre aquela figura patética.

-Você poderia parar de fugir. E, se entregar a localização de Obi-Wan Kenobi, prometo que te mato rápido.

-Mestre Obi-Wan está ocupado no momento, gostaria de deixar um recadinho?

-O SEU CORPO MORTO VAI SER O RECADO! – a Sith liga os dois sabres, que brilham em vermelho e avança sobre o Jedi.

Haguen mal teve tempo de ligar o seu próprio sabre e aparar o ataque furioso da Sith. O brilho verde de sua arma se chocou com a sequencia mortal de ataques, empurrando o Jedi para traz.

-Rápida você! Vejamos como lida com isso! – Haguen apara outro golpe e recua para dentro do desfiladeiro.

-NÃO VAI MAIS FUGIR! – A Sith joga um dos sabres ligado na direção do Jedi, que instintivamente repele o ataque com sua arma.

Porém, percebe que seus pés não tocam mais o chão.

-Ai... droga.

A Sith jogou o sabre como distração, para que seus poderes telecinéticos não fossem bloqueados. Agora tinha o Jedi flutuando indefeso.

Ela o joga com toda a força contra uma das paredes do penhasco. Pedaços de rocha se descolam com o impacto. Darth Guima aponta para a sua arma caída, que retorna as suas mãos.

-Poxa vida moça... você não dá tempo para a gente resp... – Antes do Jedi terminar a bravata, Darth Guima já estava sobre ele, golpeando com os dois sabres de luz.

Em um movimento de sobrenatural velocidade, Haguen se esquiva e fica de pé a alguns metros de distancia. O Jedi começa a murmurar algo. Darth Guima comenta com desdém.

-Esse truque da velocidade Jedi tem um preço. Você não vai conseguir mantê-lo por muito tempo. Já usou duas vezes. Já eu... – Ela deixa o sabre esquerdo cair e ergue a mão em direção ao Jedi – Tenho poder ilimitado!

Porém, ao direcionar sua Força em direção do inimigo, Darth Guima não vê mais o Jedi. Ele simplesmente desapareceu bem na sua frente.

-MALDITO! VAI FUGIR DE NOVO, NÃO É?? – O ódio de Guima transbordada. Seus gritos reverberam nas paredes do desfiladeiro.

-Não minha cara, chega de fugir. – O som da voz de Haguen ecoava nos corredores rochosos, impedindo Darth Guima de localiza-lo – Hoje terminamos isso. Escolhi a dedo esta arena. Não era você que me perseguia. Era eu que a guiava para MINHA ARMADILHA!

Saindo das sombras, Haguen golpeia as costas da Sith. O rasgo cauteriza na hora com o calor.

A Sith se vira e golpeia em uma velocidade absurda. Haguen tem o peito rasgado pelo golpe. Se não tivesse dado um passo para traz instintivamente, teria sido cortado no meio. Os olhos da Sith agora são de um vermelho vivo. Não há resquício de qualquer piedade em seu olhar. O instinto assassino se apoderou de Darth Guima.

O Jedi recua mais alguns passos e assume uma postura defensiva. Aquela era a famosa aura de medo dos Siths. Se tentasse usar a Força contra ela naquele momento, perderia a vida em um movimento.
Os dois sentem a gravidade dos ferimentos e cambaleiam. O próximo golpe pode ser o último.
Darth Guima larga os dois sabres e aponta os braços em direção ao Jedi.

-MORRA!!!! – De suas mãos saem relâmpagos azulados que acertam em cheio Haguen. A energia o trespassa e o Jedi grita de dor. Os raios iluminam as paredes do desfiladeiro.

Haguen sente mais que dor. Aqueles raios eram carregados de ódio. Cheios de uma dor que não era apenas dele. Eram uma força sombria gerada a partir do medo. Era como se, lá no fundo, quem estivesse com medo fosse a própria Darth Guima.

O Jedi se levanta e corre, agora na direção da Sith. Os raios rasgam sua túnica, mas ele continua avançando. Os raios queimam sua pele, mas ele continua avançando. Os raios quebram seu sabre de luz, mas ele continua avançando.

-PORQUE VOCÊ NÃO MORRE??? – Darth Guima ergue os braços para concentrar mais seu poder e reduzir o Jedi a cinzas.

Nesse momento, Haguen avança com o último resquício da Força que guardara.

O Jedi acerta um soco no rosto da Sith, com toda a sua força. O impacto foi tamanho que Darth Guima é levantada do chão, para cair de bruços na areia ainda quente do deserto.

-Os... Jedi são os protetores... da vida na Galáxia!! – Haguen diz enquanto se aproxima da oponente enquanto ela desmaiava. – Hoje consegui proteger duas vidas. A minha e a sua.

***

Darth Guima se levanta assustada. Estava dentro de uma gruta estruturada para mineração. As imagens de sua infância retornam com toda a força e ela coloca a mão na cintura, mas não encontra seus sabres de luz.

-Se está procurando seus sabres, usei as peças deles para consertar o meu. – Haguen Robva comenta enquanto atiça o fogo de uma fogueira no centro da gruta. Nela, um caldeirão de sopa ferve.

-Por que você não me matou? Sou uma Sith, sua inimiga jurada. Não há sentido em me deixar viver. 
– Darth Guima se senta no chão. Estava cansada, enormemente cansada. Ter usado tanto da Força exauriu seu corpo.

-Guardiões da vida na Galáxia, lembra? Além do mais, você não é mais uma Sith.

-Como assim? Lord Palpatine me sagou Sith e uma Darth! Sou uma Inquisidora!

-Bem, você falhou em me derrotar. E olha que não sou lá grandes coisas como guerreiro – Haguen dá um sorriso sincero – Apesar de ter me dado um belo estrago. Duvido que o seu querido imperador vai aceita-la de volta. Ele é muito bom em detectar mentiras. Afinal, ele é o maior mentiroso dessa Galáxia.

Guima sente seu coração apertar. Haguen tinha razão. O imperador saberia daquele fracasso e a mataria sem hesitar. Estava acabada. Sua vida como Inquisidora estava acabada. Sem esperanças, a guerreira abraça as próprias pernas e chora.

-Mas, sempre há uma nova esperança. – Haguen pega um pouco da sopa com uma concha e coloca em uma lata. – Não é verdade, R4?

O robô passa pelo Jedi e pega a lata, prontamente levando o alimento até Guima.

Era a primeira vez que alguém dava comida para Guima. A primeira vez que ela não precisava tomar para ter. O primeiro ato de piedade.

Um sorriso franco, o primeiro, surge em seu rosto.

Ela aceita a sopa.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. CAPÍTULO 12: Novos companheiros, novas jornadas!

PROLOGO: Conversa de Estalagem
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!
CAPÍTULO 3: A partida do Porto!
CAPÍTULO 4: Luta ou dança?
CAPÍTULO 5: O ataque dos Kobolds!
CAPÍTULO 6: A entrada para o Quadrilátero da Névoa!
CAPÍTULO 7: Duelo em alto-mar! Harub vs Edgard!
CAPÍTULO 8: Espólios
CAPÍTULO 9: O segredo do Capitão Harub
CAPÍTULO 10: Explorações e descobertas
CAPÍTULO 11: Combate na vila élfica!

CAPÍTULO 12: Novos companheiros, novas jornadas.

-Seus amigos devem estar para chegar, sacerdotisa. – comentou um marinheiro para Luna, que desde a conversa com Harub, ficou aguardando os companheiros no alto de uma rocha, vigilante. Como contaria para eles o segredo do balsamo? Contaria o segredo?

-Vejam! A boia chegou! – Varios marujos correm pela praia em direção a comitiva de Karim, agarrando os mantimentos como se fossem o mais valioso tesouro. A refeição dos próximos três dias estava garantida.

Karim estava séria. Seria aquele castelo voador seria local final da jornada dos heróis? Ou mais um inimigo estaria prestes a se mostrar?

-Ah! Finalmente! – Capitão Harub apareceu, bem humorado. – A sua primeira incursão na ilha foi tranquila, pelo visto. Viu alguns dos grandes lagartos? Espero que a outra tenha a mesma sorte com os elfos.

-Saberemos em breve. – Comenta a shinigami – Veja!

Pela praia, surge uma carroça. Nela, vários objetos e marujos feridos! A frente Renk e Smash com armas em punho, vigilantes.

-Pela Deusa! O que aconteceu! – Luna salta da rocha e começa a descer os feridos na areia, onde começa os primeiros socorros.

-Não se preocupe Luna, estão feridos, mas irão viver. Só foi um batismo de sangue pesado demais para alguns deles.

-Até rolou uns presentinhos! – Smash apontou para alguns marujos, portanto arcos, espadas e capacetes.

-S-São armas orcs! –  Luna comentou horrorizada – Me expliquem tudo assim que terminar com esses feridos!

Horas depois, a noite.

Sentados ao redor de uma fogueira na praia, os heróis conversam:

-Entendo. Que tragédia! – Luna não conseguiu resistir e seu olhos ficam marejados de lagrimas pela narrativa da chacina empreendida, e do combate inevitável.

-Estanho existirem orcs por aqui! Orcs são mais comuns no extremo Norte. No continente! Como vieram parar aqui?

-Também estávamos na duvida. Portanto fiquei um pouco para traz para xeretar a vila eflica em busca do material para o Avante e tentar solucionar o enigma.

-E o que você encontrou Smash? – Karim sabia que tinha uma informação vital, mas era preciso juntar-las para que houvesse sentido.

-Eu andei pela vila. Havia muita depredação, claro. Mas a madeira em sí da região é boa. Poderiamos extrai-la sem muita dificuldade. Até as partes das casas élficas seriam de ajuda.

-Foi quando eles retornaram. Deviam ser sobreviventes do grupo de orcs que fugiu. Foram rápidos e eficientes. Recolheram o corpo do tal de Orunas e partiram. Não entendo muito da língua dos Orcs, mas repetiam a palavra Zanzer o tempo todo.

-Orunas falou algo sobre esse sujeito, esse tal Zanzer. Não o conheço. – Comentou Renk, os outros também negaram conhecer.

-E a elfa? – indagou Karim – Não parecia tão ferida e ainda esta inconsciente.

-Suas feridas não são físicas. O choque da morte de sua comunidade a deixou catatônica. Esta confusa, por isso sua mente a mantem longe do mundo. Mas tenho fé que acordará logo. – Luna olhou para a barraca onde a elfa de cabelos negros dormia profundamente.

- Quem quer que seja o inimigo. Deve ter uma base. Um acampamento. Devemos rastrea-los. – Renk comentou enquanto rascunhava um mapa.

- Não é necessário. Desconfio onde seja o esconderijo. Eu vi um... castelo voador no outro lado das montanhas. – Karim finalmente encontrou uma brecha para colocar a tão importante informação.
Todos ficam atônitos com a descrição do estranho local.

- Esta estrutura não existia na ilha. – Comentou Harub. – Deve ser a base dos orcs e do tal Zanzer.
- Pois bem! Renk se levanta. Então temos um antagonista nessa ilha. Eles não sabiam sobre nós até agora, nem nos sobre eles. Mas agora, se bem conheço essa laia, irão nos rastrear e perseguir. Não há tempo a perder. Devemos agir rápido, independente da decisão tomada!

- Muito bem. Se esse tal Zanzer for poderoso o suficiente para reviver um inimigo do tamanho de Orunas, e ainda  manter um castelo/templo flutuando, poderemos inclui-lo como um mago necromante poderoso. Se tiver um exército orc a disposição, nem se fala...

  Após uma noite de vigilância, o acampamento dos heróis começa os preparativos para um potencial ataque orc. Galhos e pedaços de madeira são jogados sobre o Avante. O barco que, antes parecia um galeão em reparos, se transformou em um barco naufragado.

-Muito impressionante, comentou Karim. Nem parece que temos mantimentos, armas e pessoas vivendo por aqui.

-Disfarçar o barco encalhado é uma virtude de qualquer capitão, evita-se saqueadores oportunistas. Se os orcs vierem, estaremos bem preparados.

-Os orcs não me preocupam necessariamente... mas sim o tal Zanzer que os comanda. Devemos tomar providencias. – Reflete a shinigami.

-Voces deviam buscar o balsamo o mais rápido possível, para que possamos sair daqui. – Comenta o capitão Harub -  Seus amigos são fortes, mas os meio-elfos tem sede de sangue. Não dispensarão uma aventura se essa se apresentar. Principalmente agora que encontraram uma donzela em perigo.

Enquanto isso, Smash e Renk treinavam. Apesar da situação, era a maneira como refletiam sobre o problema.

-Presisamos de mais combatentes? – Smash comenta enquanto golpeia com um bastão de madeira.

-Não não...os que levamos dão conta. Como está o ombro? – Renk defende e desfere golpes sobre a arma do colega meio-elfo.

-Esta... bem. Dolorido, mas bem. Deviamos nos preocupar com a donzela elfa. Se ela não acordar, ficaremos no escuro com relação aos inimigos.

-Então não devem mais se preocupar. – Uma voz se elevou através do som dos golpes.

A elfa se aproximou dos guerreiros. Apesar de ferida, conservava a altivez da raça.

- Meu nome é Caliel. Sou filha do líder da aldeia de Finnar. – A elfa observava atenta ao seu redor, entristecida – Pelo visto, fui a única não é? A única a sobreviver.

-Eu sinto muito. – Renk abaixou a espada e se aproximou – Chegamos depois da contenda. Só tivemos tempo mesmo de matar o Ogro líder do grupo e afugentar os orcs.

-Orcs? Somente orcs? – Caliel inclinou a cabeça, confusa – Fomos atacados por um líder ogro, mas sim por um elfo-negro!

Ao ouvir a menção do povo antagonista dos elfos, todos pararam. Renk e Smash olharam um para o outro surpresos.

- Temos orcs, ogros, dragões, elfos negros e magos necromantes. Está cada vez mais divertido. – Ironizou Smash – Quem sabe aparecem uns unicórnios também...

-A sua perda será vingada, irmã elfa – Renk aponta para a carroça – Alí estão as coisas que os orcs pilharam. São de sua aldeia, portanto, suas por direito.

 - Agradeço-lhes! Minhas flechas e meu arco estão a seu dispor. A questão dos elfos negros estarem se unindo a eles, não trás bom presságio.

-Vamos reunir todos. Precisamos traçar um plano de ação. 

***

Todos se reuniram em volta de uma fogueira, entre as pedras da praia. Era um esconderijo para evitar que quaisquer inimigos vissem a fumaça ou o brilho da fogueira.

- Caliel e sobre este dragão que habita estas terras? Este ser que negocia vidas? Você sabe de algo? 

 -Ele existia aqui antes da chegada de minha gente. Eu o vi poucas vezes, voando alto. Sua presença é tão aterradora que os animais fogem de sua presença. Suas escamas verdes replandecem. Somente as mulheres lagarto do Sul da ilha tem contato constante com ele. Sabemos também que ele tem esse “poder” de trocar vidas.

-Um dragão verde... típico de florestas... – Renk para um instante e olha para Luna.

– Como assim trocar vidas, Luna? – Renk estranha o rumo da conversa, não tinha ouvido aquilo antes.

-É essa a verdade – Luna complementa, receosa – Aparentemente o dragão troca a vida de um ser pela realização de curas e até ressureições. Só saberemos quando encontrarmos tal criatura.

-Isso é grave! Não iria nos contar, não é? – Renk reclamou nervoso – Não sabemos que tipo de artimanha o dragão é capaz! Pelo que deu para intuir, é um dragão verde. Um tipo cromático! Eles são naturalmente malignos!

-Não culpe a jovem sacerdotisa, mestre meio-elfo. – Harub interveio, parte daquela revolta era sua culpa – vim a esta ilha para justamente dar fim a esse mistério. O Deus do Caos quis que seu grupo se juntasse a mim na empreitada. Se for preciso, já temos uma vida pronta para a negociação – O canita bate com o punho fechado no próprio peito.

-Não! Encontraremos um jeito! A vida sempre encontra um jeito!! – Luna se manifestou

-É um caminho sem volta. Viemos aqui para isso.  Faremos o possível para manter todos vivos. Mas se alguém for morrer, vai ser o dragão! – Renk levantou a espada contra o luar. 

-Então tá resolvido, chefia! – Smash ajeita um peixe em um graveto e o coloca na fogueira – Eu vou checar esse tal castelo, vocês vão ter um papo-reto com o dragão.

-Sim! Amanhã termos a resposta para os mistérios dessa ilha!

***

Smash ajeitou a mochila embaixo da capa. Cantil, corda, uma luneta, manta para dormir e um pequeno lampião de óleo. Pelas orientações de Karim, teria como pegar frutas no caminho.

-Tome muito cuidado. – Renk coloca a mão no ombro do amigo. – Veja os números do imimigo, devemos ter uma ideia se temos alguma chance. Procure uma entrada para o castelo, se possível. Não se arrisque demais, pois se perdermos você, o acampamento será vitima fácil. Caliel falou de mulheres-lagarto. Podem ser dragoas-caçadoras!

-Pode deixar! Vou em um pé e volto no outro! – Smash sai correndo, para evitar despedidas desnecessárias. Ao passar por Caliel e Luna, dá uma piscadela.

-Até a vista Smash! Que Lena crie um caminho seguro! – A sacerdotisa se voltou para a elfa, ainda atônita com a atitude informal – Ele estava preocupado com você, e acho que não era por causa das informações que você poderia oferecer....

-Ele...é insolente! –  Diz a elfa da floresta, sem muita certeza se o insulto chegou aos ouvidos do já distante meio-elfo.

-Muito bem! Vamos então a esse dragão! – Renk e Luna se aproximam, já equipados.

-Caliel, onde fica a toca da criatura? Ficar parado não vai adiantar. Vamos direto a fonte e pegaremos o balsamo, ou negociando ou lutando. – Os olhos de Renk estavam focados e impetuosos, o guerreiro não deixaria a situação fugir do controle.

-Ele fica em uma caverna bem no centro da ilha. Nossa comunidade não entrava na área de caça dele. Apesar de termos visto ele voando poucas vezes, ele é impressionante. Suas escamas verdes brilhavam ao Sol.

-E a questão da troca de vidas? – Luna pergunta.

-Esta lenda não está em nossa cultura. Nunca interagimos com o dragão. Provavelmente ele deve ter algum item poderoso ou conhecer alguma magia...

-Não se preocupem, a lenda é real. Eu estou aqui, não estou? – interrompe Harub – Eu irei com vocês.

-E o barco? Os marujos? – Indaga Renk

-Ficarão bem. Estão empolgados com a vitória contra os orcs sob sua liderança, mestre meio-elfo. Agora devemos por um fim nisso o mais rápido possível. – Capitão Harub ajeita a cinta onde o sabre e a pistola repousam.

-Está certo! Vamos! Com sorte, Smash nos encontra na volta! Ele rastreará o caminho com facilidade, pois é praticamente linha reta até a montanha no centro da ilha! Em frente! 


Os heróis partem. Este é o momento de descobrir os segredos mais profundos e tenebrosos da ilha Kroa.



segunda-feira, 3 de julho de 2017

Campeonato Interclasse de Silêncio: 2º Bimestre de 2017!

Saudações silenciosas. Eis o resultado do Segundo Bimestre do Campeonato Interclasse de Silêncio Absoluto da Escola Maria Isabel Neves Bastos no ano de 2017! (O titulo está maior...)

domingo, 28 de maio de 2017

Sugestão de Site: Inkmate

Saudações a todos!

Os estudantes do 7º Ano farão um trabalho em que precisarão fazer um mapa. Portanto, eis abaixo uma sugestão interessante, o Inkmate.

Nele, é possível construir paisagens, adicionar cidades, mares, lagos, montanhas... é uma ótima ferramenta.

O aplicativo é todo online, então sugiro um pouco de paciência para faze-lo funcionar. CLIQUE AQUI, ou na imagem abaixo para acessar

Para dar um exemplo da sua capacidade, fiz esse mapa em meia hora. Eu lhes apresento VAGNÁLIA!!


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Terceiro Campeonato Interclasse de Silêncio da Escola Maria Isabel Neves Bastos 2017!

Saudações silenciosas. Eis o resultado do Terceiro Campeonato Interclasse de Silêncio da Escola Maria Isabel Neves Bastos 2017! (precisamos de um título menor...)


Nesse bimestre tem mais =D

sábado, 13 de maio de 2017

Campanha de RPG: Expedição a Ilha Kroa. CAPÍTULO 11: Combate na vila élfica!

PROLOGO: Conversa de Estalagem
CAPÍTULO 1: Heróis Improváveis.
CAPÍTULO 2: Capitão Harub!
CAPÍTULO 3: A partida do Porto!
CAPÍTULO 4: Luta ou dança?
CAPÍTULO 5: O ataque dos Kobolds!
CAPÍTULO 6: A entrada para o Quadrilátero da Névoa!
CAPÍTULO 7: Duelo em alto-mar! Harub vs Edgard!
CAPÍTULO 8: Espólios
CAPÍTULO 9: O segredo do Capitão Harub
CAPÍTULO 10: Explorações e descobertas

CAPÍTULO 11: Combate na vila élfica!

Renk elevou a espada, que vibrava e soltava faíscas:

- Nalyneil! Síla! Lin Alagos! (Nalyneil! Brilhe! Luz da Tempestade!)

Na mente do meio-elfo ouviu-se um agudo grito de alegria. Liberar caos era a principal motivação de Nalyneil, sua espada mágica. A mente dos dois estava conectada a anos, o que fez Renk ignorar um pouco a incomoda sensação. Ao apontar a arma em direção ao grupo de orcs, o ar começou a emitir um zunido e um relâmpago foi disparado em direção as criaturas, os atingindo em cheio. Vários ficaram atordoados e alguns não levantam.

-PARTIU PELEJA!!! – Smash correu em direção dos inimigos com arma em riste. Quando se aproximava do primeiro inimigo, puxou a segunda espada que reluziu e voou de sua mão, atingindo o orc em cheio. A arma ficou flutuando no ponto onde estava, girando e golpeando os orcs assustados enquanto seu mestre passava. E saltava sobre a carroça, desferindo golpes nos orcs próximos.

Os marujos, inflamados pela cena, também atacam confiantes. O ataque pegou os saqueadores de surpresa.

-Perfeito, estamos em mesmo numero agora. Mais um golpe desses e eles dispersam! –  Renk podia ser um guerreiro brutal, mas não se lançava em um combate como um tolo.

Porém os orcs que se levantam contra-atacaram com fúria, gritando e atacando de modo muito organizado!

-"Ang Gijak-Ishi! Ang Gijak-Ishi"(Sangue e ferro!) Berravam os monstros enquanto coordenavam ataques em duplas!

-Não eram simples salteadores, eram um grupo de combatentes profissionais! – Conclui Renk enquanto se aproximava do combate – Droga! Se são parte de uma tropa deve ter um tenente... precisamos reagrupar também! Smash! Volte um pouco para...

O aviso de Renk chegou tarde demais. Smash passa voando, atordoado.

Vindo da parte de traz da carroça surgiu uma criatura. Estava dentro de uma casa semidestruída antes do combate começar. Foi ele que golpeou Smash com a sua força fenomenal, fazendo o meio-elfo cair metros dali!

-Inda tem elfo e pele-rosa aqui....Cambada! Mata tudo! Mas quero arma do elfo! Mestre mando pega tudo!

 O tenente era gigantesco e obeso. Sua pele era escura e esverdeada. O queixo era saliente e os caninos inferiores saiam pelas laterais da mandíbula, lhe conferindo um aspecto ainda mais feroz. Tinha pedaços de armaduras velhas cobrindo os ombros e o peito. Carregava um imenso tacape feito com uma tora de arvore.

 -Um tenente Ogro... – Renk recuou até Smash, que se levantava. Os marujos também se alinhavam próximos a eles. Os orcs, atentos as ordens de seu líder, também formaram uma fileira.

-Opa... esse vai dar trabalho. – Smash esticou a mão esquerda e sua espada flutuante retornou a sua mão. – Como vai ser, Bravo Lider?

Renk sorria. Um choque de tropas e um inimigo aparentemente poderoso. Na concepção do meio-elfo, aquela busca por madeira se tornara algo muito mais interessante.

-Escutem homens! – Renk se virou para os marujos – Fiquem juntos e protejam uns aos outros no choque de armas, vamos bater de frente com esses orcs. Eu e Smash pegamos o grandão! Não importa o que aconteça, mantenham-se juntos! Smash, vamos fazer aqueles treinamentos valerem a pena! AVANTE!

O grupo de Renk avança em bloco. Os orcs levantam os escudos e esperam o choque invitável. Na vanguarda, destacado dos marujos Smash e Renk avançam juntos, lado-a-lado. Seriam os primeiros a saudar o inimigo.

Mas param a menos de um metro da fileira inimiga, passando ao seu largo.

Alguns orcs ficaram confusos por um instante, baixando a guarda justamente no momento em que os marujos se chocavam com os inimigos. O impacto entre a fileira orc e os marujos gerou uma luta caótica.

Smash avançou sobre o Ogro, golpeando com firmeza. Não possuía uma armadura completa, mas a falta de pedaços nesta não parecia fazer diferença, pois o corpo estava repleto de cicatrizes e estas não mentem. Smash jogava toda a força nos golpes, na esperança de lhe arrancar algum sangue.

-Ces são fracos! Orunas vai matar ces e depois cozinhar sua carne! Mata os outros homi cambada! Os mestiço e meu! – Os orcs urraram em uníssono e continuaram a combater os marujos impiedosamente.

O ogro girou a clava com velocidade assustadora, em direção a Smash. O objeto que mais parecia um tronco de arvore que uma arma acertaria Smash se Renk não o puxasse para trás, evitando o pior.

-Cuidado! Ia ser a segunda vez que essa clava te pegaria! – Renk já lutou com ogros antes, mas este é absurdamente esperto!

O Ogro girou a clava novamente. Os movimentos são potentes, mas previsíveis. Ele urrava de raiva ao perceber que falhou em acertar Smash de novo.

Smash analisou as opções. A pancada do monstro foi dolorosa, não iria aguentar mais uma ou duas delas. Talvez tivesse até trincado uma costela. Precisava aumentar a dificuldade do inimigo.

-Vai lá garota! – Smash solta a espada magica novamente, que flutua em direção as pernas do monstro, acertando o pé. A espada, apesar de não conseguir prende-lo, já lhe causa alguma distração. É quando Renk parte pela lateral.

-Movimento em pinça... pensou rápido parceiro! –  Conclui a mente de Smash, ensaiada com as posições. Ele recua dois paços para traz, induzindo o Ogro a avançar, em um golpe longo e previsível.
- AGORA! – Os dois meio-elfos atacaram simultaneamente, cada um em um flanco do Tenente inimigo. Com o balanço da criatura, seus cortes ficam aprofundados devido a seu próprio peso!

Os marujos começaram a ficar cansados. Apesar de resistentes, não eram preparados para um combate com profissionais em combate em terra firme.

Smash e Renk giram, focando os joelhos do Ogro, o golpe do espadachim acertou o monstro ao mesmo tempo que a sua espada encantada golpeou seu rosto, abrindo um talho sangrento da testa até o queixo.

-Mestiços malditos! – Orunas segurava o tacape com as duas mãos e girava sobre o próprio eixo. Smash conseguiu se desvencilhar o ataque, porém Renk não esperava que o arco do golpe o alcançasse. A pancada o acerta em cheio. O impacto é tremendo, prensando Renk entre a carroça e clava.

-Um mestiço morto! – Orunas olha para Smash ameaçador – Agora o outro vai mor..

Quando o ogro tenta puxar a clava, percebe que ela não se move. Mais um puxão e nada. A princípio, pensou que estava travada na carroça.

Mas era Renk que a segurava. Seus olhos rubros indicavam que a fúria do meio-elfo estava em sua força total.

-Bobiou gorducho!!!! – Smash golpeou. O ogro, sem equilíbrio depois do giro e dos golpes de Smash e preso por Renk não teve como defender adequadamente. A espada entrou reto, mas escorregou nos pedaços de armadura. Apesar de ter rasgado parte do peito do monstro, ele dava sinais de que perdera parte da resistência.

-Como é resistente! Mas está bem ferido. – pensou o meio-elfo – Talvez mais alguns golpes!
Os marujos, sem um comando claro, começam a recuar. Os orcs recuam completamente e sacam arcos!

Apesar da mente nublada pela fúria, Renk percebeu a movimentação dos orcs e gritou:
-NÃO RECUEM! AVANCEM SOBRE ELES!!!

-MORRE LOGO DESGRAÇADO! – Smash golpeou novamente, agora nos joelhos do monstro, que esguicham sangue. A espada magica voa certeira no rosto do Ogro, fincando no crânio.
Para a surpresa de todos, ele não caia!

-Ces acha que eu ligo pra morre? Mestre Zanzer me traiz de volta hoje memo! – Orunas golpeou Smash com sua mão gigantesca. O meio elfo voa longe novamente!

-Agora você mestiço! – Renk é agarrado pelas duas mãos gigantes de Orunas, que caminha em direção aos orcs – Mato você na frente da minha canalha!

Ao se aproximar dos orcs, Orunas não percebeu que Renk podia mover a espada. O descuido seria fatal.

Renk torceu o corpo com toda a força que tinha, com uma velocidade enorme. Assim, a espada que estava apenas em sua mão pode girar com a manobra decepando o polegar do ogro. Quando Renk caiu, avançou em direção aos orcs. Orunas, frustrado, o seguiu.

Era o que o meio-elfo esperava.

Os orcs disparam no momento em que os dois entraram na linha de tiro.  O ângulo era perfeito para a pior situação em um combate. Fogo amigo.

Renk se abaixou e evitou a maioria dos disparos, porém vários deles acertam em cheio Orunas!

-Ce-ce... antecipou isso? O Ogro gorfou sangue enquanto ajoelha atordoado.

-Não só isso, bicho asqueroso. Marujada! CAAAARGA!

Os marujos investiram com folego renovado. Os orcs não tinham como revidar adequadamente, pois estavam com os arcos.

-O campo de batalha é algo vivo. A força é só um fator. Você é forte e confiava nessa força. Mas agora está morto. – Renk levanta Nalyneil para o golpe final.

-Mas não por muito tempo. – Retrucou Orunas.

Renk deu um golpe horizontal, firme. A cabeça do monstro fora decepada.

Os orcs gincharam assustados e começaram a debandar, os marujos até tentaram uma perseguição, mas Renk os pede para parar.

-Inimigos que fogem não são dignos. – Observou o meio-elfo.

-E amigos que deixam os colegas voarem pelos ares sem viso?- Smash se aproximou, cheio de hematomas. – Esse cara não era normal.

- Não mesmo. Muito confiante. Muito astuto. E essa historia de não ficar morto. Muito perturbador. Descanse um pouco junto com os marujos. Vou pilhar os orcs, recolher as flechas deles para usarmos mais tarde. Alem de ver o que o grandalhão carrega... Vou vasculhar a cabana que ele estava, tipinhos como ele adoram escravizar pessoas. Pode ser que tenha alguém da vila vivo lá.
- Que nada... descanso depois... precisamos vasculhar... afinal o navio precisa ser consertado! – Smash avança em direção a carroça, observando os itens lá pilhados.

 Renk levanta o tacape de Orunas com dificuldade. Era realmente um tronco de arvore entalhado com runas. Parecia mais leve que o normal e quando era balançado tinha grande mobilidade.

-Já que foi atingido duas vezes por ele, fique para você! – Renk jogou a arma para Smash, que a segurou com as duas mãos.

-Valeu Lider! – Smash sorria satisfeito – Tem muita coisa boa por aqui. Veja essa capa e essas botas! 
São perfeitas para camuflagem! Hoje nos demos bem na pilhagem heim???

Renk não respondia. Estava parado na entrada de uma das casas.

-Que foi mano, tem mais algum tesouro... – Smash também parou quando viu.

Tinha uma linda elfa inconsciente amarrada no interior da casa.

***
De olhos fechados, sob um rochedo Karim se concentrava. Várias aves voavam gazeteiras em sua volta, protegendo os ninhos. A Shinigami sentia suas presenças pela tênue energia vital delas e media onde cada uma tinha um ninho, para que os marujos buscassem os preciosos e nutritivos ovos. Em um instante ela abri os olhos:

“-Mainasai, Omae Sakuratachi! (Dancem, minhas  pétalas!)” Petalas surgiram instantaneamente e dúzias de aves cairam. Os marujos aplaudem e partem para cima das aves abatidas, levantando os animais como troféus. Outros sobem em rochedos para pegar os ovos dos ninhos.

Karim resolveu subir um pouco mais. Dalí poderia ver a porção norte, oculta pelas montanhas. Salta e se afasta dos marujos. A medida que se afasta, percebe uma perturbação, algo diferente. Continua seguindo ate o cume de uma rocha, onde vê algo impressionante!


Um castelo flutuava sobre uma planície do outro lado das montanhas.